Existem três razões para que os Estados Unidos não “consigam” vencer o chamado Estado Islâmico: razões de geo-estratégia regional, a razão de petróleo e a razão da industria militar. Mais de 16 000 ataques militares, entre agosto de 2014 e janeiro de 2015 com aviões f-15 e f-16, o topo do poder militar americano, e mesmo assim não conseguem eliminar um grupo de terroristas inicialmente mal preparados. Actualmente, os Estados Unidos armam o Estado Islâmico através da fronteira turca. Fingem combater esse grupo terrorista, mas fornece-lhe as armas. Porquê?

Razões geo-estratégicas e de petróleo

O Médio Oriente tornou-se uma região fundamental para os Estados Unidos, na sua guerra contra a Rússia e a China. Simultaneamente os Estados Unidos tornaram-se no principal produtor de petróleo, sobretudo através da produção de petróleo através do xisto, conseguindo fazer quebrar o seu preço nos mercados mundiais. Esse fato faz com que países como Angola ou Rússia sejam, neste momento os principais prejudicados, sendo que a Arábia Saudita está em “stand by” (espera). A economia americana já não está tão dependente dos países produtores de petróleo e pode desenvolver a sua atuação estratégica com mais liberdade.

Razões militares

Como explicar que os Estados Unidos não tenham sido capaz de erradicar os grupos do Estado Islâmico quando estes apenas possuíam armas rudimentares? Simplesmente porque desde o início o objectivo não era destruir o Estado Islâmico, mas sim destruir as infrastructuras do Iraque e da Síria, para não só manter as suas posições no Médio Oriente, como também poder lucrar nos negócios americanos de reconstrução com os países varridos por guerras. Como explicar que uma coluna de centenas de carros Toyota do Estado Islâmico entrem no Iraque após 200 km em pleno deserto sem que os Estados Unidos tenham intervindo?

O objetivo não é eliminar o Estado Islâmico, o objectivo é manter esse chamado Estado como um meio de medo no ocidente e sua necessidade de o combater. Os Estados Unidos necessitam manter o medo para impor os seus conceitos de sociedade e fazer funcionar a sua economia.

As empresas de armamento americanas necessitam de guerra para fazer funcionar os seus negócios. Lockheed Martin: acções subiram 9,3% nos últimos três meses, no mesmo período, Raytheon (em grande parte detida pelos israelitas) aumentou 4%, o mesmo para Northorp Grumman e General Dinamics.