Pesquisa informal feita pela Embratur atesta que os torcedores e os jornalistas estrangeiros aprovaram por alta porcentagem tudo o que se relacionou à Copa das Confederações realizada em junho. Nada menos que 81,2% se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos com os serviços que desfrutaram no Brasil. Tudo foi bem avaliado, dos aeroportos (92,2%), limpeza pública (81%), telefonia e internet (85%), restaurantes (80%) e hospedagem (76%). Um dado a destacar é o de que dois terços dos entrevistados faziam sua primeira viagem ao nosso País, e 97% desses voltaram para casa com a disposição de recomendá-lo a familiares e amigos.

Se a Copa das Confederações é um teste para a do Mundo que se realiza no ano seguinte, os indicadores são de que o Brasil confirma a cada passo a previsão de que só tem a ganhar como sede do Mundial da Fifa. Além da festa, investimentos, renda, impostos, empregos serão o testemunho do impacto socioeconômico da Copa de 2014.

A capacidade do Brasil de realizar os megaeventos esportivos foi construída ao longo de décadas, e costumamos lembrar como prova disso o Carnaval que mobiliza milhões e milhões de pessoas. Só ao chamado tríduo de Momo acorreram a Fortaleza em fevereiro passado mais turistas do que à final da Copa da África do Sul em 2010. A rede hoteleira, os aeroportos e os serviços de transporte urbano dão conta, todos os anos, do enorme fluxo adicional de pessoas entre nossas cidades e o Brasil e o Exterior.

O grande movimento em curso é o confronto do complexo de excelência que conquistamos dentro de campo com a morbidez de vira-latas que cultuamos em relação à nossa capacidade empreendedora como Nação. O Brasil tem muitos problemas, alguns impenitentes há séculos, mas organizar um campeonato de futebol e auferir bons resultados não é um deles. Tudo que já existe ou está em obras vai funcionar a contento. Isso é o que todos veremos na Copa.

Publicado em O Povo