É o que revela um relatório produzido pela Fundação Konrad Adenauer, ligada ao partido de direita na Alemanha, União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler Angela Merkel.

Para a Fundação, o atual presidente Michel Temer perdeu a credibilidade de governar o país e mantém seu mandato através de manobras políticas questionáveis. “A saída de Temer tampouco parece ser a solução do problema. Seu sucessor seria eleito entre membros de um Congresso em que muitos representantes enfrentam denúncias de corrupção”, diz o documento, publicado e divulgado neste mês na Alemanha e no Brasil.

Segundo o relatório, a imagem do Brasil está sofrendo prejuízos rapidamente. “Historicamente, o Brasil tem se envolvido muito com questões internas, e as crises atuais tampouco têm permitido que o país volte sua atenção a acontecimentos além de suas fronteiras.”, afirma a Fundação.

O relatório aponta ainda que, por conta da imagem ruim do país no cenário internacional, “é sintomático que a chanceler alemã Angela Merkel (CDU) tenha deixado o Brasil de fora de sua viagem de quatro dias à América Latina, cuja pauta incluía temas relacionados ao G20, grupo do qual o Brasil faz parte”.

Com Lula e Dilma, nos tornamos independentes e criamos o Banco dos Brics
O cenário internacional nem sempre foi assim. Nos governos de Lula e Dilma Rousseff, o Brasil venceu o complexo de vira-latas, conquistou soberania e passou a ser respeitado no mundo inteiro.

Se fosse preciso escolher um único fato para definir a política externa do Brasil antes da chegada de Lula à Presidência da República, este seria com certeza o vexame imposto ao ministro das Relações Exteriores do governo FHC, obrigado a tirar os sapatos ao desembarcar nos Estados Unidos, para provar que não era um terrorista carregando explosivos. De lá para cá, a postura do Brasil mudou tanto que o fato mais parece piada.

A dependência ao Fundo Monetário Internacional (FMI) também ficou para trás. Se FHC recorreu ao FMI três vezes, Lula pagou a dívida, e, em 2014, fundamos o Banco dos Brics, um banco de desenvolvimento que é alternativa ao FMI e ao Banco Mundial.

Com Lula e Dilma, o Brasil também estreitou relações diplomáticas, comerciais e militares com a América Latina, a exemplo da participação na criação da Unasul, em 2008, investiu como nunca no continente africano, assumiu o protagonismo na Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), além de aprovar na ONU, juntamente com a Alemanha, resolução contra espionagem eletrônica, praticada sobretudo pelos Estados Unidos.  

“A verdade é que nós não éramos levados a sério. Mas nós não éramos levados a sério porque nós não nos respeitávamos. Vamos ser francos: neste país, nós tivemos durante muito tempo uma parte da elite dirigente que tinha complexo de vira-lata.”, ressaltou Lula, em 2003, durante uma conferência de política externa.

Para conhecer todos os avanços na política externa dos governos de Lula e Dilma Rousseff, acesse o site do Brasil da Mudança

Publicado em Instituto Lula.