Ocorreu nesta quarta-feira, 6, na sede do PCdoB nacional, em Brasília, uma reunião entre representantes de fundações e partidos progressistas para discutir o teor do manifesto em defesa da formação de uma Frente Parlamentar progressista, e sua divulgação. Ficou definido o dia 26 para o lançamento do texto e seus signatários, durante ato na Câmara dos Deputados.

Coordenada pela presidenta do PCdoB, deputada federal Luciana Santos (PE), a reunião contou também com a presença da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), do presidente do PSOL, Juliano Medeiros e do presidente do PSB, Carlos Siqueira. Pelas fundações compareceram Renato Rabelo, presidente da Fundação Maurício Grabois, assim como seu secretário-geral, Adalberto Monteiro, além de Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, Alexandre Navarro Garcia, diretor-executivo da Fundação João Mangabeira e Francisvaldo Mendes de Souza, presidente da Fundação Lauro Campos.

O objetivo da reunião foi examinar o conjunto da proposta inicial das fundações para elaboração de um manifesto pela formação de uma Frente Parlamentar progressista pela reconstrução e desenvolvimento do Brasil. Com isso, ficou decidido para 26 de junho, às 14 horas, em local a definir da Câmara de Deputados, o lançamento do manifesto pelas fundações e mais entidades da sociedade civil, do movimento sindical e movimentos sociais.

Esse manifesto tem o propósito de afirmar que a saída do Brasil para a crise política e econômica passa pela eleição de um presidente da República identificado por um programa progressista, mas também por uma eleição de parlamentares identificados com um programa abrangente para o desenvolvimento do país. Esta é a segunda iniciativa que busca a convergência programática da esquerda e do campo progressista como um todo, depois do manifesto Unidade para Reconstruir o Brasil. Aquele manifesto foi elaborado pelas fundações como um lastro programático que unifique partidos de esquerda ou progressistas em torno de uma resistência ao programa neoliberal da direita, que tem aprofundado a recessão econômica e agravado a crise política.  

Com base na minuta analisada anteriormente, em reunião do dia 14 de maio, na sede da Fundação Lauro Campos, em São Paulo, haverá uma nova síntese do texto, e, a partir da próxima semana, as fundações dialogam com entidades e movimentos no intuito de buscar apoio e assinaturas, assim como de parlamentares. Nesta reunião anterior,  participaram do debate sobre o texto da minuta os mesmos representantes das Fundações Maurício Grabois, Perseu Abramo, João Mangabeira e Lauro Campos, além do presidente da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, Manoel Dias. [Leia aqui sobre a reunião]

Unidade para Reconstruir o Brasil

Nesse entreato, seguirá como previsto o lançamento do manifesto das fundações “Unidade para Reconstruir o Brasil”, nas capitais. Em Belém será dia 16 de junho, em Belo Horizonte no dia 13 junho e em Florianópolis, dia 18 de junho. 

Os lançamentos do manifesto têm sido exitosos em todos os estados, por expressar o desafio da unidade da esquerda necessária para o enfrentamento das consequências do golpe. Este sucesso foi o estímulo para a formulação de um novo documento empenhado em unificar parlamentares e pré-candidaturas proporcionais por todo o Brasil em torno de bandeiras comuns para a superação do golpe e avanço do desenvolvimento nacional. O desafio de uma frente parlamentar com estas características é algo inédito que prova a capacidade da esquerda dialogar em suas diferenças.