Bolsonaro confirmou a pretensão nesta quinta-feira (1) ao jornal Israel Hayom dizendo que Israel deve decidir o local de Israel.

Com isso o Brasil se tornaria o segundo grande a país a fazer a mudança da embaixada em Israel, seguindo os passos dos Estados Unidos de Donald Trump.

“Quando fui perguntado durante a campanha se eu faria isso quando me tornasse presidente eu disse que sim, quem decide sobre a capital de Israel são vocês, não outras nações”, disse ele ao jornal, um canal por sua visão favorável ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. 

Israel considera a cidade toda sua capital, enquanto os palestinos afirmam que o leste de Jerusalém é a capital de seu futuro Estado. Há um consenso internacional de que o status da cidade deve ser negociado entre as partes.

Israel ocupou a região leste de Jerusalém no ano de 1967 na guerra dos seis dias, e depois anexou a área, um movimento que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional.

Em dezembro, o presidente dos EUA, Donald Trump, reverteu a política dos EUA e reconheceu Jerusalém como capital de Israel, o que gerou um boicote do presidente palestiono, Mahmud Abbas.

A embaixada foi oficialmente transferida no dia 14 de maio. A iniciativa foi seguida pela Guatemala e depois pelo Paraguai, que em setembro reconsiderou a medida e voltou sua embaixada para Tel Aviv. 

Bolsonaro foi eleito no domingo (28) e ficou conhecido pelas polêmicas envolvendo misoginia, homofobia e retórica racista.

Após sua vitória, Netanyahu disse a Bolsonaro que se sentia seguro de que seu governo “levaria a uma grande amizade” entre Israel e Brasil e que estreitaria os laços entre os dois países.

À AFP, um oficial da administração do presidente israelense afirmou que o primeiro-ministro de Israel “provavelmente” iria ao Brasil para acompanhar a posse de Bolsonaro.