Prosa@Poesia
A relva
Carl Sandburg Publicado em 06.06.2013
A relva
Empilhem cadáveres em Austerlitz e Waterloo
Minem a terra por baixo e deixem-me trabalhar...
Eu sou a relva; eu cubro tudo.
Ergam montanhas de corpos em Gettysburg
Elevem aos céus altas pilhas em Ypres e Verdun.
Façam a terra ceder e deixam-me trabalhar.
Dois anos, dez anos, e o forasteiro pergunta ao guia:
Que lugar é este?
Onde estamos agora?
Eu sou a relva.
Deixem-me trabalhar.
Carl Sandburg - Videntes e Sonâmbulos - Coletânea de poemas norte-americanos
Trad. de Oswaldino Marques