Olho para o horizonte obturado: Alí um Anhangabaú transbordante feito o demônio recriando a vida marginal do húmus, e depois, tornado a renascer do concreto cingido pela história. Acolá, um Pajeú em luta contra algum Moreira César.

      Tudo sempre esteve aqui. A altura desata em mim o desejo de saltar desse balcão e voar com os urubus, numa espécie de composição variada do mesmo tema, para depois me estatelar no chão e enterrar a metafísica e reafirmar que as coisas são diferentes, mas nem tanto.

      Olha a praça. A praça é do povo! Tenho vontade de badalar o sino da Sé acompanhado por som ensurdecedor do Led Zeppelin para que todos acordem sem a cordialidade que falsifica o lugar das coisas. As vontades são apenas vontades.

      “Uma vida ainda é uma, mesmo para os imortais”. Esta é mais uma da minha coleção de frases de almanaque que têm atração por espaços vazios.