Uma tempestade despenca

O vapor da boca prepara imediatamente a vidraça

Embaçando o vidro para que um nome seja escrito.

 

Nas primeiras experiências, lá na infância

escreve-se o próprio nome

Mais tarde, escreve-se um beijo

                             [estudos do formato da boca]

e nas próximas tempestades, desenha-se corações.

 

Em breve serão outros nomes,

suspiros e outros sonhos.

Com o passar dos tempos se desvelam

 

Uma verdadeira literatura de janela surge

É só baforar novamente o vidro

que as palavras se revelam…