O filósofo marxista italiano Domenico Losurdo discutiu a atualidade e as novas configurações da luta de classes, entre o sindicalismo, os partidos políticos e os movimentos sociais, com o cientista político André Singer e com o sociólogo do trabalho Ruy Braga.

A mesa que integrou o Seminário Internacional Cidades Rebeldes, debateu a distribuição da riqueza, luta social e novas e antigas formas de organização. Sobre quem tentou mudar o mundo, e as dificuldades para transformá-lo.

Losurdo, 73 anos, é professor de História da Filosofia na Universidade de Urbino, pequena cidade na região central da Itália. Está lançando no Brasil o livro A Luta de Classes – Uma História Política e Filosófica, pela editora Boitempo, que ao lado do Sesc promove em São Paulo um ciclo de debates sob o tema Cidades Rebeldes. Ele sustenta que as lutas de classes (enfatiza o termo “lutas”, no plural, usado no Manifesto Comunista) nunca terminaram de fato e podem ser abordadas em três situações: internacional, local e familiar. Não se trata apenas de conflito entre capital e trabalho. Estão também presentes na exploração de uma nação por outra, no colonialismo, e mesmo na opressão da mulher pelo homem, afirma ao autor, citando Karl Marx e Friedrich Engels.