«É uma grande ideia a de uma Nova Ordem Mundial, onde diversas nações se unam por uma causa comum para realizarem as aspirações universais da humanidade: paz, segurança, liberdade e autoridade da lei. Para tal, só os Estados Unidos reúnem duas condições essenciais de liderança – a posição moral e os meios de garanti-la!» (Georges Bush, presidente dos EUA e membro da Maçonaria).

«Aproximadamente 200 delegados encerraram uma reunião interfé que durou uma semana, em Standford USA, prevendo-se que tenham criado um Movimento, bem como uma instituição espiritual. Digam às pessoas que existem as Religiões Unidas…. Após vários anos de discussões, os promotores da iniciativa passaram a tratar de negócios». (NETSaber, Walter Cipriano).


«Segundo os ensinamentos do socialismo, isto é, do marxismo (pois de socialismo não-marxista não podemos agora falar seriamente), a verdadeira força motriz da história é a luta revolucionária das classes, ao contrário do que dizem os filósofos burgueses quando afirmam que a força que impulsiona o progresso é a solidariedade de todos os elementos da sociedade» (Lenine e F. Fedosoeyev in «A Teoria marxista das classes e da luta de classes»).

A palavra de ordem dos sistemas agora no poder é destruir. Cultiva-se a desordem e a miséria. Os responsáveis políticos, económicos e religiosos procuram impor ao povo uma só condição: nós gastámos; nós endividámo-nos; nós somos ricos; nós comprometemo-nos a pagar… Vocês pagam!

Os que não cessam de enriquecer são sempre os mesmos. Chega a ser monótono… Banqueiros, especuladores, governantes e ex-governantes, traficantes, demagogos, etc. Os que pagam, também os mesmos são: trabalhadores, famílias, pensionistas, juventude, humildes, crianças e marginalizados. A responsabilidade desta situação – dizem os ladrões –

A falsidade desta alegação é evidente. É fundamental tirar ao povo tudo o que tem e juntar ao roubo a noção de culpa dos próprios espoliados. Com isto, baralhar e confundir todas as classes e a opinião pública. Uma estratégia familiar aos capitalistas.

Por muito que nos pese, o 25 de Abril não foi o acto final do pesadelo fascista. Data inegavelmente básica, apenas marcou uma baliza da «luta de classes». O generoso projecto de uma sociedade mais justa e desenvolvida apenas se deixou entrever. Logo foi reabsorvido pelas forças ultra conservadoras. A princípio, prudentemente, de forma gradual. Mas depois, a operação foi-se acelerando até se mostrar à luz do sol, descaradamente.

Os compadres do episcopado

Seria claramente injusto «meter no mesmo saco» príncipes da Igreja e povo católico. Os príncipes cantam de galo e sobem ao poleiro dos banqueiros. O povo católico vai suportar, exactamente como o povo laico os mesmos assaltos dos ricos. Estes, depois debitam as despesas e as suas facturas não olham à justiça social. Exigem pagamento. Enriquecem os ricos e empobrecem os pobres. Esta arrogância liga o motor de arranque da luta de classes.

O chamado magistério da Igreja está a receber, assim, um rude golpe. A questão é que, ao alinhar incondicionalmente com os objectivos do capitalismo, a hierarquia católica aumenta desmedidamente a sua fortuna e afirma-se como grande pilar das finanças mundiais. Mas destrói irremediavelmente o que resta da sua imagem tutelar de guia espiritual. A Igreja, passa a ser um gestor bem sucedido no mundo dos gestores. Fica com as escolas, com os hospitais, com os off-shores, com os seus bancos, com os seus latifúndios, com as suas sociedades secretas, com a sua manifesta influência a nível do poder. Mas perde perante os seus fiéis todos os sinais distintivos que eventualmente a definiam como entidade aparte do materialismo mais boçal. Paz à sua alma!…

Pelos caminhos que os acontecimentos tomam, o caos é já amanhã. O povo vai erguer-se e lutar, o que exige um enquadramento a que a Igreja renunciou ao optar pela nova ordem fascista dos multimilionários. Que farão nessa altura os cidadãos católicos senhores dos seus direitos e dos seus deveres de cidadania? Calam-se e esperam que a vontade de Deus se revele? Deixam que os seus bispos interpretem os factos ao sabor dos seus interesses? Ou passam à luta?

A luta, amigos católicos, é para todos nós. Complexa e para os católicos livres ainda mais difícil do que para nós. Terão de bater-se em duas frentes: contra o capitalismo e pela moralização da sua própria Igreja.

Combates a que os católicos não virarão as costas!

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Fonte: Avante!