De acordo com a ministra boliviana de Meio Ambiente e Água, María Esther Udaeta, esse será o propósito até a próxima sexta-feira de um fórum que acontecerá na cidade de La Paz.

No encontro, agregou, também valorizaremos a posição da ALBA para a Cúpula das Nações Unidas sobre mudança climática a celebrar-se no final deste ano no balneário mexicano de Cancún.

A reunião na sede do Executivo boliviano, agregou, permitirá ademais criar um Comitê Ministerial de Defesa da Natureza.

Udaeta afirmou que o Comitê deve elaborar uma agenda que inclua ações conjuntas para identificar tarefas e projetos que considerem o gerenciamento ambiental dentro das políticas públicas e impulsionar novos paradigmas de desenvolvimento alternativo em harmonia com a natureza.

Além disso, considerou que o Comitê deve reconhecer a diversidade de todos os povos indígenas como uma riqueza e fortaleza e garantir seus direitos e revalorizar os sistemas e tecnologias agrícolas ancestrais.

A reunião em La Paz realiza-se por deliberação das Cúpulas dos Chefes de Estado e de Governo da ALBA que se desenvolveram em Cochabamba e Havana em outubro e dezembro de 2009, respectivamente.

Adiantou também que na constituição do futuro Comitê Ministerial participarão os ministros de Meio Ambiente de Bolívia, Equador, Cuba, Nicarágua e Venezuela.

De acordo com um relatório da pasta de Meio Ambiente, a proposta boliviana para a constituição do Comitê reconhece a existência de recursos comuns (atmosfera, água, biodiversidade, conhecimentos e sabedoria, entre outros) e serviços básicos na Mãe Terra, os quais devem ser respeitados, gerenciados e manejados em benefício igualitário da sociedade e não como mercadoria.

Acrescentou que o Comitê Ministerial trabalhará sob a custódia do Conselho Político da ALBA e com objetivos concretos.

Muitas das propostas que serão avaliadas neste encontro da ALBA respondem às conclusões da Primeira Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática, celebrada em Cochabamba (centro) em abril deste ano.

Naquela reunião, os originários acordaram a necessidade de um projeto de Declaração Universal de Direitos da Mãe Terra e a rejeição aos acordos da Cúpula das Nações Unidas, celebrada em Copenhague em 2009.

Também ratificaram seu apoio à ideia de estabilizar em um grau centígrado o aumento da temperatura no mundo e a criação de um Tribunal Internacional de Justiça Climática e Ambiental.

Demandaram também dos países ricos a entrega de seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para atender os danos ocasionados à natureza, além da celebração de um referendo mundial para reverter o aquecimento global.

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Fonte: Prensa Latina