A direita saiu derrotada nesse um ano que vigeu o golpe de estado contra Evo, que teve que sair do país asilando-se na Argentina… ele foi impedido de se candidatar à senador e foi até proibido – incrível isso – de exercer seu direito de voto na embaixada boliviana em Buenos Aires…

Nada disso impediu a elevada consciência do povo pobre, das comunidades indígenas, dos “colhas” – de sufragarem nas urnas o seu candidato… diferente do que não fizemos aqui em 13 anos de governos populares, lá o MAS fez o que é fundamental: organizou o povo! Elevou a sua consciência política!

A semana que passou comentei as eleições em todos os cinco programas fixos que tenho nos canais do YouTube e mais quatro programas eventuais: se se confirmasse mesmo a vitória da oposição socialista, a direita teria duas atitudes a tomar: ou reconhecer simplesmente a vitória e deixar o poder ou tomaria medidas que escancarassem o golpe de 2019 e teriam que rasgar todas as instituições e tirarem as máscaras sobre o seu apego à democracia… 

Estamos muito felizes com esse resultado, mas ainda é preciso aguardar os resultados finais e termos assegurado a posse definitiva do novo presidente… a volta de Evo ao país deverá ser o marco de uma imensa manifestação popular por todo o país…

Por fim, também falei que um resultado positivo para nossas forças progressistas na pequenina Bolívia – um pais de 10 milhões de habitantes, menor até que Cuba com 11 milhões – poderia influenciar imensamente todo o subcontinente, criando uma ideia força, uma corrente contracíclica, que poderia influenciar positivamente todos os outros países, inclusive na eleição da oposição democrata nos EUA… 

Feliz por ver essa grande vitória indígena, dos pobres, dos explorados bolivianos… 

Que a lição que nos chega da Bolívia possam servir ao nosso “grande” Brasil… lá a direita se dividiu em três candidaturas e a esquerda se unificou… espero que aqui possamos fazer o mesmo, quiçá ainda nestas eleições municipais, que são um ensaio geral para 2022…