O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, recebeu a Etiqueta de Eficiência Energética nível “A” do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). A conquista veio por meio da implementação do projeto “Transformação do Mercado de Eficiência Energética do Brasil”, coordenado pelo próprio MMA, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, na sigla em inglês) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A classificação retrata o final da primeira etapa de etiquetagem e indica que o planejamento da eficiência energética do prédio foi otimizado para nível A e está de acordo com as normas do Inmetro. O MMA tem agora um prazo de cinco anos para incorporar as mudanças de forma que a economia de energia se realize na prática.

Para isso, o MMA tomará algumas medidas sustentáveis: a modernização do sistema de ar-condicionado dos andares térreo e subsolo assim como a reconfiguração do projeto de iluminação do edifício, fazendo a separação de circuitos, o uso de sensores fotossensíveis e de dimers/dimerizadores que permitem a adequação da quantidade de iluminação de acordo com a quantidade de luz natural disponível.

A coordenadora técnica do projeto no PNUD e responsável pelo apoio para a sua implementação, Ludmilla Diniz, explica que o MMA será utilizado como uma vitrine para outros prédios públicos, comerciais e de serviços que queiram observar os benefícios da adesão à eficiência energética. Portanto, o próximo passo é levar adiante o projeto para mais ministérios e outros edifícios da esfera pública como forma de contribuir para o Programa Esplanada Sustentável.

A eficiência energética tem também sido tema de recentes regulamentações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). No último dia 23 de fevereiro, o MPOG soltou uma portaria que estabelece as boas práticas de gestão e uso de energia elétrica e de água nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. A portaria também dispõe sobre o monitoramento de consumo. Em 2014, por meio da normativa nº2, o ministério passou a exigir que os projetos de edificações públicas federais novos sejam desenvolvidos ou contratados visando, obrigatoriamente, a obtenção da categoria “A” da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia do Inmetro.

Outras ações do projeto

O projeto como um todo visa a gerar a economia de até 4 milhões de MWh de eletricidade e a redução de emissão de gases do efeito estufa em até 2 milhões de toneladas de CO2. O prazo estabelecido para alcançar as metas é de 20 anos.

Para levar a eficiência energética também a prédios residenciais ou construções comerciais de menor porte, o projeto, em parceria com o PROCEL (Programa Brasileiro de Conservação de Energia) desenvolveu uma ferramenta online gratuita direcionada a arquitetos, engenheiros ou projetistas. O Projeto leva em consideração dados climáticos dos diferentes municípios do Brasil e permite que o planejamento da construção seja feito com eficiência energética, levando em consideração estas particularidades climáticas e as características térmicas dos materiais que serão utilizados para construção.

Além disso, o projeto está realizando um estudo de benchmarking de eficiência energética em edificações públicas do Brasil. Com isso, será possível criar um parâmetro sobre o consumo de energia e analisar quais são os casos prioritários para a implementação das propostas de eficiência energética.

Serão selecionados 20 edifícios para receberem diagnósticos energéticos, medidores inteligentes e capacitação para monitorá-los. As inscrições podem ser feitas no site do PNUD e, para participar, basta que o gestor público preencha o formulário disponibilizando dados sobre os gastos de energia elétrica dos últimos 12 meses, a área total do edifício, o número estimado de ocupantes e um endereço eletrônico.

Detalhes em http://bit.ly/18IPcyG