Em fevereiro de 2020, o mundo foi tomado pela chegada de uma Pandemia causada pelo Novo Coronavírus. A COVID-19 não só acentuou as dificuldades e desigualdades como mudou a realidade social, econômica e sanitária de todos os países e no Brasil. Desde que chegou ao pais, em 26 de fevereiro de 2020 com a confirmação do primeiro caso na cidade de São Paulo, a epidemia tornou-se um desafio maior para o pais e para o Sistema Único de Saúde, o SUS, com muitas dúvidas e incertezas para os gestores e profissionais da saúde, principalmente àqueles que atuam na Rede de Atenção em Saúde, visto que operam na linha de frente e no primeiro contato do paciente com suspeita de Síndrome Gripal (SG), consequentemente também de COVID-19, 

A COVID-19 e o contágio pelo Novo Coronavírus colocaram o Brasil em situação de Emergência em Saúde Pública. Hoje temos um cenário de evolução e descontrole da doença no país, em particular nas comunidades urbanas e rurais, entre os povos indígenas, assim como, entre os trabalhadores e profissionais de saúde. Num cenário convergente de crises política, sanitária e econômica, o Brasil tornou-se um dos principais epicentros da Pandemia, com mais de duzentos mil mortos pela COVID-19, com pouca ação coordenada pelo governo nacional, ficando aos níveis regionais, estaduais, municipais e comunitários o esforço de implementar planos e atividades de prevenção e proteção, monitoramento e vigilância. 

Neste contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS) com mais de 31 anos de implantação tem sido uma alternativa presente para a maioria da população no enfrentamento da Pandemia, com um esforço notável de seus trabalhadores, gestores e equipes que atuam com limitações orçamentarias, dificuldades de coordenação e grandes desafios para cumprir sua missão constitucional. Mais do que nunca lutar pelo Saúde significa lutar pelo Brasil. Fortalecer o SUS pode salvar muitas vidas, em particular dos mais pobres, povo trabalhador e dos vulneráveis à COVID-19.

A atuação combativa dos comunistas sempre esteve presente no período de tempo de construção do projeto do SUS e da Reforma Sanitária Brasileira, com vitórias importantes, como a implantação de um conjunto significativo de políticas, programas, serviços e práticas de saúde bastante efetivos, além, ainda, dos mecanismos de participação social que, especialmente por meio de conselhos e conferências de saúde, contribuíram para que os avanços ocorressem. A nossa atuação do Conselho Nacional de Saúde, ao longo desse tempo, é um bom exemplo da importância de participação da militância.  

É fato, que os esforços sociais e políticos para fazer avançar o sistema único, que contaram em parte, com a participação dos comunistas, não foram suficientes para conter as políticas neoliberais e o nítido constrangimento do setor público da saúde e a expansão em larga escala do setor privado, ao longo desses 30 anos. O subfinanciamento, foi uma marca existente nesta curta trajetória, desde a largada da implantação do SUS, em 1988, onde parte dos recursos do INAMPS foram incorporados aos recursos do Ministério da Saúde, afim de cumprir missão imensamente superior, qual seja garantir sistema de saúde universal, público e gratuito a todos os brasileiros. 

É nesta conjuntura de ameaças à vida, à saúde e às conquistas do SUS, que atingem a democracia e o Estado de Direito, que a Comissão de Saúde do PC do B indica a necessidade e propõe um PROGRAMA PERMANTENTE DE FORMAÇÃO E ESTUDOS SOBRE A SAÚDE, A DEMOCRACIA E O SOCIALISMO, tendo como objetivo  formar e organizar uma agenda de Formação e Estudos que fortaleçam e aprofundam a atuação da militância comunista, na defesa da saúde em diferentes frentes da luta política, eleitoral e institucional, na articulação sindical e nos movimentos de participação social, assim como, no debate de ideias, em sentido de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e rumo ao Socialismo.         

Objetivos do Curso

Promover processo de formação da militância comunista e democrática, que amplie e contribua, em contextos de Pandemia ou não, para o fortalecimento do SUS, na defesa da vida e do direito à saúde, em diferentes frentes da luta política, eleitoral e institucional, na articulação sindical e nos movimentos de participação social, assim como, que possam aprofundar o debate voltado para uma abordagem historico social da saúde e da democracia, considerando o desafio de estruturar uma corrente de ideias e opinião para a construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, rumo ao Socialismo. 

Formação para dirigentes e militancia partidária, lideranças sindicais, sociais, da juventude, conselheiros de saúde e interessados na defesa da saúde e ativistas pela democracia, com foco na crise sanitária causada pela Pandemia da COVID-19 e a importancia do SUS para o Brasil.

Informações: [email protected]
Plataforma: https://grabois.eadbox.com/courses/saude-e-socialismo