Dentre o chorar dos trêmulos violinos,
por entre os sons dos órgãos soluçantes
sobem nas catedrais os neblinantes
incensos vagos, que recordam hinos…

Rolos d'incensos alvadios, finos
e transparentes, fúlgidos, radiantes,
que elevam-se aos espaços, ondulantes,
em Quimeras e Sonhos diamantinos.

Relembrando turíbulos de prata
incensos aromáticos desata
teu corpo ebúrneo, de sedosos flancos.

Claros incensos imortais que exalam,
que lânguidas e límpidas trescalam
as luas virgens dos teus seios brancos.

Cruz e Sousa
Broquéis, 1893