O povo (esta entidade “o povo“) acostumou-se com a democracia. Viva a democracia! Meu fígado acostumou-se com a pinga com mel. Viva a pinga com mel! De volta da praia (que é mesmo a minha praia), dou um viva a essa modernidade liquida composta leviatãs, lula, polvos e polvas (acho engraçadinho quando se diz: “Todos e todas”).

      No ano de eleição tem sempre aqueles que pensam que o povo brasileiro é idiota. Viva os que pensam no mal pensado e viva os “idiotas” (acho que não seria para rir mesmo).

      Quando a gente esta sentado na areia olhando para aquele marão (como dizem os mineiros), aos poucos vai percebendo os limites da democracia. Tem uma cena no “Moby Dick” de Herman Melville em que o narrador dizendo querer conhecer o mundo é convidado por um velho capitão a postar-se na proa do navio e olhar para o horizonte de águas sem fim… mas deixe isso pra lá.

      Apesar de acostumado, depois de uma garrafa de pinga com mel ainda me sinto “meio mar” (trocadilho esdrúxulo de manguaceiro) e é nessas horas que me dá vontade procurar um paralelo entre o ano par e… deixe isso pra lá. Chega de racionalidade! Experimente tomar uma garrafa de pinga com mel.