Daqui de onde vejo o mar
De onde a lua já se foi
Revisito meu coração
Com o vento que SOPRA
E me pede calma
Deixando que minha alma
Se liberte de mim
Solta, livre
Em seu ritmo
Daqui vejo gentes
Que olham o horizonte, alguns contam barcos
Todos se deixam levar
Pelo cheiro do mar
Lá ao longe
O fio de terra que permitiu QUE NÃO PERMITIU a Bahia ser ilha
É o mesmo que me segura ao chão
Chão que piso
Entre o aqui e o que será
A partir daqui mar e barcos
A frente, planos, Eu, o coração e os passos
Serenos e largos
Que me levam não onde a razão exige
Mas onde a alma quer desbravar
Onde o coração quer estar
Onde o amor há de chamar
E fazer desabrochar
Girassóis aos pés do mar
Quando a primeira semente para cima olhar
E os cílios piscar
Saberei que cheguei lá
E verei assim a plantação
Até horizonte findar
Dormirei com os pés entre luas e sois
Quando sentir que devo
Palmilhar o caminho
Mesmo 
Disposta a transportar
O que lá, no mais fundo está
Pois a final o que resta
Depois das bolhas de champagne?
Alem de garrafas vazias?
Não, não quero bolhas que se desfazem
Quero bolhas que refletem luz
Minha luz
O meu amor
O meu caminho…

 

Maria Teresa Ferreira é estudante e Assessora parlamentar da Secretaria do Trabalho Emprego e Renda do Estado da Bahia